
Casas de Fados e grandes Fadistas nascidos no Porto
01 janeiro, 1970
O Fado sempre foi escutado em locais apropriados, como as tabernas, tascas, colectividades e claro as famosas e tradicionais Casas de Fado onde o Fado é tratado com todo o rigor e cerimónia, uma verdadeira celebração.
Nas Casas de Fado é reconhecidamente o local mais apropriado para assistir a uma noite de Fados á moda antiga. Existem uma serie de regras que no Fado não devem ser quebradas: Não há amplificação, silencio é factor determinante, não há serviço durante as actuações, as luzes baixam e não se circula na sala, nem deverá ser interrompido. As actuações acontecem alternadas entre os vários artistas, intercalando com momentos em que decorre o normal serviço de restauração. Como dizia a D. Amalia: o Fado não se explica, sente-se … é consensual que, é nas casas de Fado onde o Fado se sente melhor e onde verdadeiramente acontece. Na verdadeira tradição portuguesa, o Fado sempre aconteceu acompanhado por vinhos e petiscos á luz da vela. De Salientar que foi o Fado característico das Casas de Fado que foi eleito Património imaterial da humanidade. Em 1968, fez se história porque D. Heitor Gil de Vilhena fez um pacto com o fado, surgindo assim a catedral do Fado no Porto, a Casa da Mariquinhas.
A Casa da Mariquinhas situa-se em pleno coração da cidade, no típico bairro da Sé, em frente ao Arco de Santana, imortalizado por Garrett e aos pés da Sé Catedral. Com 52 anos de história este mítico local transpira Fado pelos poros das paredes de granito, por aqui passaram e continuam a passar todos os grandes nomes do fado nacional, que sem microfones, com a maior intimidade e proximidade ao público fazem com que a Casa da Mariquinhas seja o local ideal para apreciar o melhor Fado que pelo Porto se canta e toca, acompanhado pela melhor gastronomia tradicional portuguesa pela mão da Chef. Sandra Santos e pelos melhores néctares do nosso douro. Para quem vem ao Porto é incontornável uma visita a este estabelecimento reconhecido como de interesse histórico e cultural.
Adelino Duvall